Seis dúvidas muito comuns sobre a glândula adrenal

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Também conhecida como glândula suprarrenal, a adrenal é um importante componente do sistema endócrino, pois exerce papel indispensável na sintetização de hormônios como o cortisol e androstenediona. Além disso, a glândula adrenal é responsável pela produção de epinefrina (adrenalina) — hormônio encarregado de manter a mente em estado de alerta — e muitos outros hormônios fundamentais para o bom funcionamento do corpo.

A seguir, você poderá conferir as principais informações sobre essa glândula. Boa leitura!

1. O que é glândula adrenal?

As glândulas adrenais são dois pequenos órgãos de poucos centímetros localizados em uma região acima dos rins. Como destacamos anteriormente, ela é responsável pela produção de alguns hormônios que controlam a pressão arterial, algumas características sexuais e respostas físicas ao estresse.

2. Quais hormônios são produzidos pela glândula adrenal?

De modo geral, a glândula adrenal atua diretamente na produção de 5 hormônios. São eles:

Aldosterona

Principal responsável pela absorção do sódio, esse mineralocorticoide atua no controle dos eletrolíticos presentes na corrente sanguínea. Sua função é reduzir os índices de potássio para combater doenças como a hipertensão arterial.

Cortisol

Assim como a Aldosterona, o Cortisol ajuda no controle da pressão arterial. Além disso, esse glicorticoide regula os níveis de açúcar no organismo que ficam estocados no fígado e músculo. Ainda ajusta a resposta física ao estresse e regula a resposta ao sistema imunológico e inflamatório.

Testosterona e Progesterona

Conhecidos como hormônios sexuais, a Testosterona e Progesterona são responsáveis por proporcionar características físicas do homem e da mulher, respectivamente. Enquanto a Testosterona estimula o crescimento de pelos nos homens, a Progesterona atua nos ciclos menstruais nas mulheres a partir da pré-adolescência.

Epinefrina

Hormônio da classe dos compostos orgânicos chamados de catecolaminas, a epinefrina (adrenalina) ou noradrenalina é responsável pela resposta física ao estresse por meio do mecanismo de “luta e fuga”. Além disso, são neurotransmissores que atuam no sistema nervoso simpático e podem também ser utilizado para regular a pressão arterial.

3. Quais os principais distúrbios da glândula adrenal?

Alguns dos distúrbios da glândula adrenal podem envolver a deficiência ou a produção excessiva de hormônios. A insuficiência adrenal, conhecida como doença de Addison, pode ser fatal e os pacientes necessitam fazer uma suplementação hormonal.

Quanto à produção excessiva de hormônios, o quadro clínico depende do tipo de hormônio envolvido. São eles:

Síndrome de Cushing: produção excessiva de cortisol. O quadro clínico pode se apresentar por aumento da glicemia (açúcar no sangue), estrias, fraqueza, acúmulo de gordura no tronco e pescoço, osteoporose e alteração no ciclo menstrual.

Síndrome de Conn: adenoma cortical adrenal produtor de aldosterona, resultando na elevação da pressão arterial e diminuição de potássio no sangue.

Feocromocitoma: tumor adrenal produtor de adrenalina que provoca elevação da pressão arterial de difícil controle com medicação e, consequentemente, pode provocar um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.

4. Como é feita a remoção de tumores de adrenal?

Com a popularização das tomografias computadorizadas e das ressonâncias nucleares magnéticas, muitos pacientes se deparam com pequenos tumores de adrenal nos laudos de seus exames — geralmente menores que 4 cm. Esses tumores de adrenal encontrados “acidentalmente” são chamados de incidentaloma e a maioria não necessita de tratamento cirúrgico. Entretanto, é recomendado fazer um acompanhamento médico com exames de imagem e laboratoriais periodicamente.

5. Como é a cirurgia para retirada da glândula adrenal?

Atualmente, a maioria das cirurgias é realizada por laparoscopia. Essa técnica cirúrgica minimamente invasiva consiste na utilização de uma câmera e pinças especiais por meio de pequenas incisões na pele. De modo geral, o paciente permanece entre 2 e 3 dias internados, podendo retornar normalmente às suas atividades profissionais após 14 dias da cirurgia.

6. Quais as principais complicações de uma cirurgia da glândula adrenal?

É fundamental destacar que todo procedimento médico que envolve um tratamento cirúrgico pode provocar alguns riscos ao paciente. Além disso, efeitos colaterais são considerados normais em grande parte dos procedimentos, especialmente em função da idade do paciente. Contudo, as principais complicações observadas nesse procedimento são:

  • sangramento;
  • infecção de ferida;
  • trombose venosa profunda;
  • embolia pulmonar;
  • pneumonia;
  • hérnia no local da incisão.

Em alguns casos, o paciente pode desenvolver insuficiência adrenal, necessitando de reposição com esteroides.

Com a leitura deste post você aprendeu algumas das principais questões que estão relacionadas ao funcionamento das glândulas adrenais. Entender bem esses conceitos e definições é fundamental para compreender melhor o funcionamento do organismo, bem como suas peculiaridades.

Ficou alguma dúvida? O que acha de continuar aprendendo um pouco mais sobre conceitos médicos? Leia nosso artigo “Desvende 3 importantes mitos sobre intolerância à lactose” e aprenda a cuidar melhor da sua saúde.

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