A obstrução ureteral trata-se de um bloqueio em um ou ambos os ureteres, tubos responsáveis por transportar a urina dos rins até a bexiga. Embora se trate de uma condição tratável, a obstrução da uretra tende a apresentar complicações importantes, caso não sejam adotados precocemente os cuidados necessários.
Dentre os sintomas mais comuns, destacam-se quadros infecciosos que causam dor e febre. No entanto, intercorrências severas também podem ser registradas, embora raras, tais como a perda da função renal, sepse e até mesmo a morte do paciente. Confira, a seguir, as causas, sintomas, formas de diagnóstico e tratamento desta condição!
Afinal, o que pode levar a obstrução ureteral?
De modo geral, há diferentes razões para a obstrução da uretra. Portanto, suas causas correspondem, basicamente, a cada um dos tipos existentes, já que a condição pode ser influenciada por múltiplos fatores, incluindo alterações congênitas, tais como:
- Duplicidade ureteral: ocorre em indivíduos com uma condição congênita caracterizada pelo surgimento de dois ureteres ligados ao mesmo rim, sendo o segundo tubo desenvolvido total ou parcialmente — o que, por sua vez, pode comprometer o transporte adequado da urina, gerando danos ao rim;
- Ureterocele: anomalia congênita que provoca o inchaço do ureter e, consequentemente, uma obstrução ureteral. Nesse caso, trata-se de uma condição que também pode impedir o fluxo de urina até a bexiga, incorrendo em consequências importantes para a saúde do paciente acometido;
- Fibrose retroperitoneal: condição rara na qual ocorre o crescimento de tecido fibroso em razão do uso de alguns tipos de medicamentos ou do desenvolvimento de tumores cancerígenos.
Por outro lado, a obstrução pode ser resultado de doenças secundárias, normalmente provocadas pela presença de cálculos renais, tumores cancerígenos ou não, coágulos sanguíneos, aumento dos linfonodos e até mesmo em decorrência de infecções parasitárias ou bacterianas, como a esquistossomose e a tuberculose, respectivamente.
Como é feito o diagnóstico e tratamento da obstrução ureteral?
Por se tratar de uma condição provocada em função de anomalias congênitas, a obstrução ureteral pode ser identificada ainda antes do nascimento do bebê, por meio de ultrassonografias pré-natais rotineiras. Caso detectada a má formação da uretra ou identificado irregularidades nos rins, ou bexiga, o médico pode reavaliar o trato urinário através de exames mais detalhados após o nascimento da criança.
A apresentação tardia de sinais que possam indicar tal condição, por sua vez, exige outro tipo de cuidado, afinal, o diagnóstico é formado a partir de uma série de testes, que incluem, entre outros, exames laboratoriais de sangue e urina para avaliar a função renal e exames de imagem do trato urinário, como os ultrassons, tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e a cistoscopia.
Tratamento
De modo geral, o tratamento para a obstrução ureteral consiste na remoção de eventuais bloqueios que estejam impedindo a passagem da urina entre os rins e a bexiga. No entanto, em alguns casos é possível que sejam realizadas intervenções a fim de contornar tal bloqueio para minimizar os danos ao órgão.
Além disso, o paciente pode fazer uso de medicamentos que aliviam os sintomas desta condição, principalmente àqueles de propriedade antibiótica, já que contribuem para o tratamento das infecções associadas ao problema. Em casos mais graves, o paciente pode ser submetido a cirurgias endoscópicas, laparoscópicas ou, ainda, procedimentos cirúrgicos abertos, para evitar a piora da função renal.
Agora que você já sabe as principais causas, formas de diagnosticar e tratar a obstrução ureteral, não deixe de fazer uma avaliação com o seu urologista ou nefrologista de confiança. E, se gostou deste conteúdo, mas ainda possui dúvidas em relação aos procedimentos de desobstrução da uretra, não deixe de inserir seu comentário abaixo!