Estenose uretral: o que é e como tratar essa condição?

Estenose uretral

A estenose uretral é uma condição médica que afeta principalmente os homens e consiste no estreitamento da uretra — canal responsável por transportar a urina para fora da bexiga —, podendo restringir o fluxo urinário e, consequentemente, gerar uma série de complicações importantes.

De modo geral, este problema normalmente se dá em razão de um processo inflamatório ou da presença de tecidos cicatriciais que, por sua vez, podem ocorrer por conta de inúmeros aspectos, sobretudo relacionados à realização de procedimentos cirúrgicos para tratar outras condições médicas.

Quer saber o que é, quais são suas principais causas, sintomas, fatores de risco e mais? Continue a leitura e confira!

O que é estenose uretral?

Como já vimos, a estenose uretral é uma condição que provoca o estreitamento de um segmento da uretra, resultando na diminuição ou interrupção total do fluxo urinário. Diante disso, ela acarreta uma série de complicações tanto nos homens quanto nas mulheres — embora o problema seja mais comum nas pessoas do sexo masculino.

Vale ressaltar que qualquer região da uretra pode ser acometida por essa condição e a extensão do estreitamento pode variar entre alguns milímetros ou, nos casos mais graves, atingir toda sua extensão. Para um diagnóstico preciso, portanto, é importante realizar testes e exames de imagem de modo a verificar a extensão do problema e a área afetada.

Quais são as causas da estenose uretral?

Em resumo, a doença consiste no comprometimento do canal uretral, não tão raro afetado por traumas ou lesões acidentais. Na prática, esse tipo de ocorrência pode gerar um processo de cicatrização que, consequentemente, aumenta o volume de tecido fibrótico — por sua vez acarretando na redução da dimensão do canal uretral.

Além dos traumas e lesões, como fraturas na região pélvica ou a chamada “queda a cavaleiro”, que nada mais é do que um acidente que provoca trauma na região perianal, o estreitamento também pode ter origem em outras situações, como:

  • procedimentos médicos cuja utilização de sondas uretrais e demais instrumentos sejam necessárias;
  • realização de cirurgias na próstata;
  • aplicação de radioterapias;
  • infecções causadas por doenças sexualmente transmissíveis;
  • condições congênitas, uma vez que em alguns casos, é possível que recém-nascidos já nascem com essa condição; e
  • tumores localizados nas proximidades da uretra.

Fatores de risco

Alguns homens podem apresentar risco elevado no que concerne o desenvolvimento da estenose uretral, especialmente quando:

  • são portadores de alguma infecção sexualmente transmissível;
  • tenha realizado procedimento para inserção de cateter com a finalidade de drenar a urina, por exemplo;
  • for acometido por um processo infeccioso que provoca o inchaço ou a irritação da uretra;
  • ter sua próstata consideravelmente aumentada.

Quais são os sintomas da estenose uretral?

O estreitamento da uretra pode gerar diferentes indicativos nos pacientes acometidos, podendo sua extensão e gravidade variar entre leve e aguda — e podem incluir, entre outros sintomas, a:

  • redução do fluxo urinário;
  • diminuição do volume da urina;
  • desejo urgente ou súbito para urinar;
  • sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, mesmo após urinar;
  • desequilíbrio do fluxo urinário;
  • dor ou queimação durante a micção;
  • incontinência urinária;
  • dor na região abdominal ou pélvica;
  • edema e dor na região do pênis;
  • presença de sangue na urina — que também pode adquirir um aspecto mais escuro;
  • incapacidade de urinar (condição grave que demanda intervenção médica urgente).

Complicações

Nos pacientes acometidos pelo estreitamento da uretra, é comum que o músculo da bexiga exerça maior esforço a fim de criar um fluxo de urina suficiente para transpor a região comprometida pela estenose. Diante desse maior esforço, cria-se cenários de maior susceptibilidade para o surgimento de outros problemas. Ainda, dependendo do grau, uma parte da urina pode ainda ficar retida na bexiga.

Pelo fato de não ser possível expelir corretamente a urina, os resíduos presentes nela acabam provocando maior número de quadros de infecção urinária ou dos testículos (orquites). Ainda, o paciente pode desenvolver uma inflamação da próstata, apresentando, consequentemente, sintomas como dor ou queimação ao urinar e febre.

Em casos mais severos, a estenose uretral pode levar ao surgimento de pielonefrites, isto é, infecções renais em razão da falta de tratamento adequado. Apesar de ser um cenário ainda mais distante, um pequeno percentual de doentes pode desenvolver câncer no trato urinário decorrente das inflamações persistentes.

Quais as formas de tratamento disponíveis?

Em via de regra, tratar esse tipo de condição nem sempre é uma tarefa fácil. Para tanto, deve-se analisar a gravidade do problema e a extensão da estenose uretral. Em seguida, se estabelece uma abordagem mais adequada para cada caso, sendo ele cirúrgico ou não. Saiba mais:

Tratamento não invasivo

Em linhas gerais, a forma mais comum de tratar o estreitamento da uretra é através de um procedimento ambulatorial que consiste no alargamento através de um instrumento chamado dilatador. O processo se dá de forma gradual, uma vez que tem início a partir de um pequeno fio, podendo este ser aumentado de forma progressiva até que a uretra comece a alargar.

Mais uma alternativa pouco invasiva se caracteriza pelo uso de um cateter urinário. Mais indicado para casos graves desse tipo de condição, sua indicação depende da avaliação de alguns fatores de risco, já que pode incorrer no aumento da irritação na bexiga, bem como de quadros de infecção no trato urinário.

Tratamento cirúrgico

Também recomendado para condições mais severas de estenose uretral, a cirurgia é uma alternativa para pacientes que apresentam estreitamentos mais longos e profundos. Para devolver uma boa condição ao paciente, portanto, o cirurgião remove o tecido da região afetada, reconstruindo cirurgicamente a uretra.

Desvio do fluxo urinário

Caso as abordagens tradicionais citadas anteriormente apresentem risco à saúde do paciente, é possível que sejam recomendadas outras opções de tratamento, como o desvio completo do fluxo urinário. Em síntese, o procedimento consiste no redirecionamento definitivo da urina para uma pequena abertura no abdômen através do intestino.

Vale destacar, porém, que essa modalidade apenas é indicada para pacientes cuja bexiga já esteja altamente danificada ou, ainda, quando a mesma precisa ser removida cirurgicamente. Apesar disso, é possível que uma parcela considerável dos pacientes apresente bons resultados após esse tratamento.

O que achou deste conteúdo? Vale lembrar que a estenose uretral se trata de uma condição potencialmente prejudicial. Portanto, é fundamental entrar em contato com um médico de confiança para investigar minuciosamente as causas do problema. Entre em contato e agende uma avaliação agora mesmo!

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