Urticária Crônica Espontânea: o que é, sintomas e tratamentos

Urticária Crônica Espontânea

Doenças crônicas afetam a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta, provocando dor e comprometendo a rotina desses pacientes de diversas formas. No geral, esse tipo de problema pode afetar a realização de tarefas simples, como trabalhar, estudar e até mesmo socializar. Por conta disso, quem sofre de Urticária Crônica Espontânea pode ter de enfrentar um longo tratamento.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Ipsos, mais de 90% dos entrevistados não sabem ou nunca ouviram falar sobre a UCE. Ainda segundo o levantamento, pessoas com idade entre 16 e 34 anos compõem a maior parte do grupo que desconhece o problema. Os dados mostram uma preocupante realidade, já que as pessoas afetadas, em grande parte, não sabem do que se trata.

Diferente das reações causadas pelo estresse emocional ou pela intoxicação alimentar, a Urticária Crônica Espontânea (ou UCE, como também é conhecida) é uma doença provocada pelo colapso no sistema imunológico do paciente afetado. Neste artigo vamos explicar o que é, quais são as causas da doença, como é feito o diagnóstico e o tratamento. Boa leitura!

Urticária Crônica Espontânea: o que é?

A UCE é uma doença autoimune que pode provocar manchas avermelhadas (ou esbranquiçadas) de formatos e tamanhos diferentes. Em alguns casos, a coceira e o inchaço também são comuns. Para ser considerada um problema crônico, a urticária deve ocorrer por um período igual ou superior a 6 semanas.

Em linhas gerais, as lesões provocadas pela urticária são breves, tendo sua aparência restabelecida entre 1 e 24 horas. O inchaço (indolor) que ocorre na pele pode ou não ser acompanhado de mudança de cor a partir da reação alérgica na derme, dor e irritação. Vale destacar, porém, que em alguns casos, esse tipo de edema pode levar até 72 horas para desaparecer.

Urticas

As urticas são reações alérgicas muito comuns que provocam marcas vermelhas na pele, provocando coceira. No geral, alimentos como frutos-do-mar, medicamentos, alguns fatores ambientais e alérgenos, como pelos de animais e pólen, são as principais causas deste problema. A diferença mais visível, no entanto, é que na UCE as lesões na superfície da pele aparecem de modo espontâneo, ou seja, não têm origem nos agentes externos citados anteriormente.

Quais são as causas da doença?

Como já deixamos claro, a urticária crônica espontânea não se dá a partir da reação a agentes externos, mas sim da desordem do organismo, sendo, portanto, uma doença autoimune sem nenhuma causa específica. Nela, o sistema imunológico entra em ação de forma equivocada contra algum agente alérgeno inexiste, liberando histaminas no organismo do paciente.

O excesso dessa substância — que é produzida de forma natural pelo organismo — possui uma ação vasodilatadora para diminuir as reações alérgicas. Contudo, quando não há alérgenos, como no caso da urticária crônica espontânea, os resultados são consequências adversas e o surgimento de urticas, edemas e coceira. Além dessas informações preliminares e estudos científicos sobre o assunto, pouco se sabe sobre como a doença se manifesta.

Grupos de risco

Embora a UCE possa se manifestar em seres humanos de qualquer idade, esse problema é menos recorrente em crianças e possui um grande índice de casos em mulheres com idade entre 20 e 40 anos.

Pesquisas ainda sugerem que a faixa de idade mais comum é entre os 18 e 34 anos entre homens e mulheres e, estima-se que cerca de 1% da população mundial pode apresentar sintomas relacionados à urticária crônica espontânea.

Então, como é feito o diagnóstico?

Por conta do desconhecimento sobre este problema não tão raro, os tratamentos são baseados em simples reações alérgicas. Nesses casos, além de fornecer um diagnóstico falho, os pacientes levam um longo período para entender de fato o que está afetando sua saúde de maneira agressiva.

Vale destacar, porém, que não há uma causa específica para dar início à doença, por conta disso, o diagnóstico preciso ainda é um desafio. Sendo assim, é fundamental procurar ajuda de um profissional ALERGISTA ao menor sinal do surgimento dos sintomas da doença. Em alguns casos, pode ser indicada a consulta com um médico alergista. Além de solicitar uma bateria de exames, este profissional poderá acompanhar o histórico do enfermo.

Tratamento: a urticária crônica tem cura?

No momento, a Urticária Crônica Espontânea não possui cura. Contudo, é possível que em algum momento haja uma redução considerável no grau de evolução da doença. Embora não seja possível estimar o tempo em que a chamada “remissão espontânea” poderá ocorrer, ter uma vida melhor a partir do tratamento adequado é completamente viável, podendo os pacientes viver sem a manifestação dos sintomas.

Concluindo, se você possui a Urticária Crônica Espontânea, é fundamental entender que não há motivos para entrar em desespero. É parte do tratamento evitar quadros de estresse e o paciente deve buscar viver a vida normalmente. Por fim, procure ajuda médica e siga todas as orientações dadas pelo profissional de saúde.

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