Guia da doação de sangue: entenda porque este ato é tão importante

A doação de sangue é uma das principais formas disponíveis para se trazer esperança àquelas pessoas que precisam de ajuda médica. Esse “ato de amor ao próximo” traz perspectivas de vida e saúde a pais, mães, irmãos, filhos, amigos ou até mesmo indivíduos que não conhecemos. Afinal, não importa quem será beneficiado, mas sim, a oportunidade de trazer esperança de um novo recomeço a outras pessoas.

Sabe-se que no Brasil, os estoques dos bancos sanguíneos devem ser rotineiramente abastecidos, de modo a atender indivíduos em situação de emergência, seja em razão de um acidente ou doenças graves que necessitam de transfusão de sangue, como anemias profundas ou a hemofilia, por exemplo. Sendo assim, se você ainda tem dúvidas sobre este assunto, veio ao lugar certo.

Neste post vamos explicar todos os detalhes da doação de sangue para que você possa fazer deste ato um compromisso com a manutenção da vida. Continue com a gente!

Por que fazer a doação de sangue é tão importante?

Todos os dias inúmeros acidentes acontecem. Em geral, as estradas brasileiras são palco de ocorrências muitas vezes gravíssimas. Contudo, pacientes internados em razão de diferentes problemas clínicos podem precisar de transfusões sanguíneas, incluindo pessoas que acabaram de passar por um transplante de medula ou de outros órgãos.

Em termos técnicos, o sangue pode ser dividido entre componentes distintos, podendo ser também processados mecanicamente de modo a atender diferentes demandas. Por conta de seu papel vital, ele é essencial em inúmeras situações e, infelizmente, não pode ser substituído por nenhuma outra abordagem terapêutica ou medicamentosa — além de não estar disponível em nenhum ponto de vendas.

Tendo isso em mente, a doação de sangue torna-se o único canal para que o sangue humano possa chegar àqueles que mais precisam. Logo, a solidariedade dos doadores é o principal meio de se tornar esse tipo de serviço médico disponível.

Então, quem pode doar?

Em tese, todas as pessoas saudáveis podem ser candidatas ao processo de doação de sangue. Entretanto, existem algumas regras específicas para qualificar aqueles que de fato podem assumir esse papel de extrema relevância para a sociedade. De modo geral, é preciso estar com bom quadro geral de saúde, ter peso igual ou superior a 50 quilos e idade entre 16 e 69 anos.

No caso dos doadores da terceira idade (acima dos 60 anos), a doação apenas pode ser realizada se já houverem participado de outros momentos desse tipo de campanha, isto é, antes mesmo de chegar a sexta década de vida — ainda que seja pelo menos uma vez.

Outros detalhes importantes são: não pode o candidato à doação:

  • estar gripado ou resfriado;
  • fazendo uso de antibióticos ou anti-inflamatórios;
  • tratando alergias ou doenças crônicas;
  • realizando tratamentos dentários;
  • ter feito tatuagem  ou piercing nos últimos 12 meses e endoscopia/colonoscopia nos últimos 6 meses.

E quem não pode?

Durante a candidatura ao processo de doação sanguínea, o interessado deve submeter-se a uma avaliação clínica para identificar aqueles que de fato podem ou não doar. Nesse contexto, leva-se em consideração as características do doador, bem como do receptor da transfusão. Por isso, pessoas que eventualmente desenvolvam uma reação negativa à doação não devem doar.

Nesse caso, indivíduos com quadro de anemia, pacientes com doenças cardíacas, mulheres grávidas ou lactantes e ainda doadores com peso inferior a 50 quilos fazem parte do “grupo de risco”. Logo, não são candidatos aceitos. Da mesma forma, estão impedidos de doar sangue pessoas que possuem doenças sanguíneas que podem gerar risco ao receptor. Dentre elas, destaca-se a AIDS, hepatite e sífilis.

O que acontece após a doação?

Uma dúvida e preocupação muito comum entre os doadores está relacionada ao processo de recuperação do próprio organismo após a doação de sangue. Normalmente, as orientações gerais são bem simples: é preciso manter-se de repouso nas horas seguintes, ter uma boa alimentação, especialmente em relação à ingestão de líquidos. Ademais, pode ele também ser orientado a retornar para ao hemocentro a fim de conferir os resultados dos exames realizados.

Outro ponto de fundamental importância para a manutenção da qualidade do serviço que são oferecidos pelos centros de hemoterapia é a comunicação de eventuais problemas médicos que indiquem qualquer tipo de infecção nas primeiras duas semanas seguintes à doação de sangue. Dentre os sinais de alerta, estão a febre, diarreia, dor de cabeça ou generalizada, mal-estar, entre outros.

Existe risco de contrair doenças?

Em via de regra, a possibilidade de contrair doenças em razão da doação é nula. Isso porque todos os materiais utilizados na coleta são esterilizados e descartáveis. Além disso, como já destacamos anteriormente, os candidatos passam por uma rigorosa triagem, sendo, portanto, avaliadas os pilares mais importantes, conforme regras estabelecidas pela Anvisa e o Ministério da Saúde.

Ademais, o nosso orgasmo é capaz de repor de forma bastante acelerada o sangue que foi doado. Para que você se sinta mais seguro, é válido destacar que um indivíduo adulto, seja ele homem ou mulher, dispõe em média de cinco litros de sangue no corpo. Porém, em uma doação são coletados apenas 450 mililitros (no máximo). Logo, menos de 10% de todo o volume disponível no organismo é extraído, podendo ser reposto em até 24 horas.

Conclusão

Como vimos, a doação de sangue é um procedimento essencial e extremamente seguro. Inexistem riscos de contração de qualquer tipo de doença durante o processo de coleta sanguínea. Apesar disso, é natural que o doador possa sentir algum mal-estar durante ou após o procedimento, sobretudo se for sua primeira doação.

Entretanto, não são indícios preocupantes e toda a equipe responsável está devidamente preparada para amenizar eventuais efeitos colaterais ou até mesmo prestar uma excelente assistência aos doadores que assim necessitarem. Vale ressaltar que a ciência está avançando cada vez mais. Mas, apesar de tantas descobertas, não há nenhuma maneira de substituir este ato para quem precisa de sangue, que não seja a doação.

Portanto, se você está em boas condições médicas, pratique este ato de amor. Embora seja uma atitude simples, ela salva vidas. Assim, neste mês de mobilização pela doação de sangue — já que os bancos têm sua capacidade reduzida em todo o país nessa época do ano — conscientizar e se solidarizar é fundamental.

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