Flatulência, má digestão, diarreia, constipação, queimação e outros problemas intestinais causam sofrimento em milhões de pacientes espalhados pelo mundo. A constipação, por exemplo, atinge cerca de 30% da população brasileira e, segundo indicam alguns estudos recentes, a maioria das doenças intestinais estão relacionadas com o aumento da predisposição ao infarto.
No geral, grande parte das doenças citadas acima podem ser causadas por alimentos ricos em FODMAPS. Mas, afinal, o que significa esse termo? Se ficou curioso, continue a leitura. Neste artigo vamos explicar o que é e quais alimentos fazem parte do grupo potencialmente prejudicial. Boa leitura!
O que são FODMAPs?
De origem inglesa, essas siglas significam, em tradução literal: fermentáveis (F), oligossacarídeos (O), dissacarídeos (D), monossacarídeos (M) e polióis (P). Em linhas gerais, esses alimentos estão diretamente ligados aos vegetais e fontes de proteína com alto teor de carboidratos fermentáveis.
Nesse contexto, embora sejam saudáveis e importantes para a dieta normal do ser humano, alguns indivíduos possuem organismos incapazes de processar alguns tipos de proteínas. Contudo, em pacientes acometidos pela Doença de Crohn, Cólon irritável ou Colite ulcerosa, essa dieta pode ser mais frequentemente necessária.
Diferente das dietas que têm como objetivo a redução de peso em excesso, a FODMAPs foi pensada de modo a dirimir problemas intestinais de curto e longo prazo. Portanto, eles representam um conjunto de carboidratos de alta concentração osmótica, na qual estão presentes substratos que são fermentados pelas bactérias presentes no intestino e acabam impedindo a sua absorção, resultando no surgimento de sintomas desconfortáveis.
Quais alimentos devem ser evitados?
Embora pareça extremamente restritiva, a dieta FODMAP oferece diversos benefícios àqueles que sofrem com algum problema intestinal grave. Com o auxílio de um nutricionista, é possível elaborar um cardápio sem as substâncias danosas e, ao mesmo tempo, preservar o teor de fibra alimentar, carboidratos e demais nutrientes essenciais.
Diante disso, é fundamental ressaltar a importância de não se retirar alimentos de maneira aleatória e sem acompanhamento profissional adequado. Sendo assim, confira a seguir alguns alimentos que contêm grande concentração de oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis.
Frutas
- maçã
- pera;
- pêssego;
- manga;
- melancia;
- cereja;
- abacate;
- frutas secas;
- xarope de milho;
- mel;
- frutose.
Lacticínios
- leite animal (de vaca, cabra ou ovelha);
- sorvete
- iogurte integral e desnatado;
- queijos frescos e cremosos do tipo ricota, cottage e cream cheese.
Hortaliças
- alcachofra;
- aspargos;
- beterraba;
- brócolis;
- couve;
- alho;
- alho-poró;
- quiabo;
- cebola;
- couve-flor;
Leguminosas
- ervilha
- grão-de-bico
- lentilha
- feijão
Cereais
- todos os alimentos que contêm trigo, centeio ou xarope de milho
Massas
- pães;
- bolos.
Como destacamos anteriormente, embora a lista de restrição seja extensa, é possível realizar uma alimentação sem maiores dificuldades a partir de alimentos acessíveis. São eles: carnes e derivados (quando livres de frutose e adoçantes), óleos extraídos naturalmente, temperos e ervas naturais, sementes sem conservantes, adoçantes naturais e grãos integrais, como milho, aveia, arroz integral, entre outros.
Concluindo, a restrição de alimentos baseados na dieta de FODMAPs é realizada a partir de um estudo sobre a condição de saúde de cada paciente. Além disso, é fundamental que seja feito acompanhamento médico com nutricionista para a reintrodução de alguns alimentos na dieta, tendo sempre como objetivo o bem-estar dos enfermos. Por fim, alguns casos podem depender do uso de suplementos nutricionais.
O que achou das informações deste conteúdo? Já sabia o que era FODMAPs e quais são seus efeitos no organismo em alta concentração? Conte-nos deixando um comentário logo abaixo.