Doenças renais crônicas: o que você precisa saber

As doenças renais crônicas (DRC) são alterações que afetam a estrutura e a função renal, causando uma diminuição lenta e progressiva da capacidade dos rins de filtrar os resíduos metabólicos do sangue.

As DRC possuem diversas causas e fatores de risco e sua evolução, normalmente, é assintomática, o que significa que o diagnóstico costuma ser feito tardiamente. Por isso, é importante estar atento e seguir as recomendações básicas. Para saber mais, continue lendo.

Principais fatores de risco das doenças renais crônicas

A insuficiência renal crônica ocorre quando uma doença ou outra condição de saúde prejudica a função renal, causando danos aos rins que tendem a agravar-se ao longo de meses e até mesmo anos.

Entre as principais doenças e condições das doenças renais crônicas estão: 

  • Diabetes tipo 1 ou tipo 2
  • Hipertensão
  • Idosos
  • Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²)
  • Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca)
  • Histórico de Doença Renal Crônica na família
  • Tabagismo
  • Uso de medicamentos tóxicos ao rim
  • Bloqueio do trato urinário 
  • Anomalias renais, como a doença renal policística e glomerulonefrite
  • Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico

Diagnóstico das doenças renais crônicas

Os exames de urina e os exames detalhados dos rins são as principais formas de verificar as funções renais. Na prática clínica, o diagnóstico das doenças renais crônicas utiliza como parâmetro:

  • TFG alterada;  
  • TFG normal ou próxima do normal, mas com evidência de dano renal ou alteração no exame de imagem;
  • Resultados de TFG<60ml/min/1,73m² por, pelo menos, três meses consecutivos. 

Tratamento das doenças renais crônicas (H3) 

Para a definição do tratamento mais adequado, o paciente deve ser classificado de acordo com o estágio em que se encontra:

  • Estágio 1: TFG ³ 90mL/min/1,73m² na presença de proteinúria e/ou hematúria ou alteração no exame de imagem.
  • Estágio 2: TFG ³ 60 a 89 mL/min./1,73m².
  • Estágio 3a: TFG ³ 45 a 59 mL/min./1,73m².
  • Estágio 3b: TFG ³ 30 a 44 mL/min./1,73m².
  • Estágio 4: TFG ³ 15 a 29 mL/min./1,73m².
  • Estágio 5 – Não Dialítico: TFG < 15 mL/min./1,73m².
  • Estágio 5 – Dialítico: TFG < 15 mL/min./1,73m².

Essa classificação é fundamental para a tomada de decisão sobre o encaminhamento para os serviços de referências e para o especialista, considerando as características de cada caso. 

Além disso, a classificação de acordo com o estágio da doença permite que o médico determine o tratamento como conservador (estágios de 1 a 3), pré-diálise (estágios 4 e 5-ND – não dialítico) e Terapia Renal Substitutiva (estágio 5-D – dialítico).

Características dos tratamentos

  1. Conservador 
    Controla os fatores de risco para evitar a progressão da DRC e atenta-se aos eventos cardiovasculares e mortalidade para conservar a TFG pelo maior tempo de evolução.
  2. Pré-diálise
    Faz a manutenção do tratamento conservador e prepara o paciente com doença renal crônica em estágios mais avançados para o início da Terapia Renal Substitutiva.
  3. Terapia Renal Substitutiva
    Consiste na substituição da função renal por meio de hemodiálise (tratamento que bombeia o sangue através de uma máquina e um dialisador para remover as toxinas do organismo), diálise peritoneal (tratamento feito através da inserção de um catéter flexível no abdômen do paciente, normalmente no período noturno) ou transplante renal.

Dicas para prevenir as doenças renais crônicas

  • Fazer exames regularmente com acompanhamento médico;
  • Seguir corretamente o tratamento para diabetes e pressão alta;
  • Controlar o peso com uma dieta saudável e rotina de exercícios;
  • Não fumar;
  • Evitar o uso de analgésicos vendidos sem receita;
  • Reduzir o sal e a proteína;
  • Limitar a ingestão de bebidas alcoólicas.

A doença renal crônica piora lentamente e nos primeiros estágios pode ser assintomática. Por isso, é fundamental fazer os exames regularmente e ter o acompanhamento do seu médico de confiança. Para tirar suas dúvidas e entender mais sobre o assunto, agende sua consulta!

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