A doença renal é uma lesão provocada nos rins que leva o paciente a desenvolver uma série de problemas. Algumas das doenças mais comuns neste órgão podem evoluir de maneira lenta, gradual e irreversível. Pensando nisso, neste post vamos apresentar 5 dicas indispensáveis para evitar a piora da função renal, culminando em problemas importantes no futuro.
Dicas para evitar a piora da função renal
Atualmente, estima-se que 1 a cada 3 indivíduos adultos apresentam algum nível de perda progressiva das funções renais. Por isso, a prevenção é ainda mais importante. Confira a seguir algumas recomendações fundamentais.
1. Evite o uso de anti-inflamatórios
Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração de substâncias presentes no sangue. Contudo, durante esse processo de limpeza e eliminação de “impurezas” os rins podem sofrer efeitos negativos em função das substâncias que estão sendo depuradas, incluindo alguns medicamentos, como os anti-inflamatórios.
Embora seja comum seu uso para tratar algumas doenças, essas substâncias são conhecidas como fármacos nefrotóxicos,pois quando utilizadas de maneira inadequada podem provocar lesões renais graves. Portanto, indivíduos que já enfrentam problemas renais estão mais suscetíveis à piora, mesmo com o uso de apenas um comprimido.
No caso dos anti-inflamatórios não esteroides (AINES), a consequência mais comum é a diminuição da filtração renal, isto é, os rins perdem sua capacidade de filtrar o sangue corretamente. Considerando que pacientes com histórico de doença renal já apresentam uma ineficiência nesse processo, o risco é ainda maior durante o uso desses anti-inflamatórios sem acompanhamento médico.
2. Mantenha sua pressão arterial controlada
Embora muitas pessoas não saibam, os rins têm seu funcionamento atrelado ao coração. Dessa forma, desordens do coração, como a pressão alta, por exemplo, podem prejudicar as funções renais. Por conta disso, não são raros os casos em que pacientes se submetem a diversas sessões de hemodiálise no Brasil em decorrência de uma pressão arterial desregulada.
Além de separar as impurezas do sangue, os rins controlam os fluidos e minerais, mantendo a pressão sanguínea sob controle. Vale destacar que a pressão alta é um dos principais fatores de risco para ataques cardíacos (Enfarte Agudo do Miocárdio) e derrames cerebrais (Acidente Vascular Cerebral AVC).
Em pacientes cujo diagnóstico de doença renal seja confirmado em razão da hipertensão pré-existente, é importante ressaltar que os próprios rins tendem a provocar uma elevação da pressão arterial, logo, a doença se torna ainda mais delicada. Portanto, para evitar a piora da função renal recomenda-se aferir a pressão regularmente para que ela seja mantida sempre abaixo de 13 por 8.
3. Controle bem seu índice glicêmico
A diabetes é um problema que acomete milhões de pessoas em todo o mundo. O que pouca gente sabe é que ela pode comprometer as funções renais, já que diminui consideravelmente a capacidade dos rins filtrarem o sangue. Na verdade, o que acontece é que o alto índice glicêmico pode fazer com que o órgão trabalhe acima de sua capacidade normal, ocasionando uma perda de proteínas através da urina.
A longo prazo, o aumento de resíduos no sangue e a sobrecarga dos rins pode fazer com que sua capacidade de filtragem seja diminuída, levando-o a falhar. Por isso, o ideal é que pessoas com diabetes Tipo 1 e 2 mantenham baixos os seus níveis de açúcar no sangue. Além disso, recomenda-se uma pesquisa laboratorial com o objetivo de identificar a quantidade de albumina eliminada pela urina.
Quanto maior a presença da proteína produzida pelo fígado na urina, mais chances de desencadear efeitos negativos aos rins. Para evitar essas complicações, o ideal é que sejam adotadas medidas preventivas, como uso de uma dieta equilibrada, consultas regulares ao médico e, sobretudo, manutenção dos índices de hemoglobina glicada abaixo de 7%.
4. Pratique atividades físicas regularmente
A prática de atividades físicas é um componente importante para o tratamento alternativo de várias doenças. Afinal, pessoas sedentárias tendem a ter uma redução mais acentuada na taxa de filtração glomerular — que indica como está a saúde dos rins.
Para pacientes que ainda não estão em fase de tratamento via hemodiálise, a atividade física moderada pode ser bastante efetiva e segura na busca por uma melhor qualidade de vida. Afinal, a filtragem de toxinas pelos rins se torna mais eficiente em indivíduos ativos.
Ademais, a prática regular de atividades físicas é um fator de proteção contra doenças renais, sobretudo cálculos renais e tumores, como indicam algumas pesquisas. Porém, o ideal é que o paciente mantenha uma rotina semanal de pelo menos 150 minutos de atividade física para evitar a piora da função renal.
5. Tenha uma alimentação saudável
Indivíduos portadores de doenças renais devem estar atentos à alimentação. Isso porque os rins já não eliminam adequadamente os alimentos que são digeridos pelo organismo. Nesse caso, a orientação quanto à alimentação é essencial, já que são necessários alguns cuidados.
Pacientes em estágio mais avançado, por exemplo, demandam um ajuste rigoroso dos alimentos ingeridos, sobretudo em relação aos valores de proteínas totais, sejam elas de origem animal ou vegetal. Entretanto, esse cuidado também tem caráter preventivo e pode contribuir para conter o avanço da doença, principalmente nas fases iniciais.
Além das proteínas, é necessário moderar o consumo de alguns micronutrientes, como fósforo, potássio e sódio. Afinal, esses minerais podem comprometer as funções renais, pois se acumulam mais facilmente no corpo. Portanto, sempre que possível consulte seu médico e o nutricionista para adequar sua dieta.
A doença renal é um problema muito comum para milhares de brasileiros. Suas manifestações mais graves podem ainda levar o paciente a ter de submeter-se às sessões de hemodiálise e está normalmente associada a comorbidades importantes, como a hipertensão arterial e o diabetes.
Por isso, adotar as dicas que trouxemos neste artigo é um passo fundamental para que você tenha mais saúde e uma melhor qualidade de vida, sobretudo quando se trata de doentes renais crônicos e/ou pessoas com predisposição genética e hábitos de vida prejudiciais.
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