Dia Mundial da Urticária

Dia-Mundial-da-Urticária

Dia Mundial da Urticária! A data foi estabelecida em 2014, devido à importância e elevado acometimento da população. Infelizmente, esta doença ainda permanece desconhecida por grande parte da população e muitos pacientes demoram anos para o correto diagnóstico, tratamento e controle do quadro.

A urticária é um quadro caracterizado por lesões avermelhadas, que coçam e incomodam bastante, e são popularmente conhecidas como “empolamento”. As lesões podem ter forma e tamanho variáveis, inclusive confluindo e formando placas que duram até 24 horas, e desaparecem sem deixar marcas. Em alguns casos pode ser acompanhada de “inchaço” (edema) de algumas regiões (lábios, pálpebras, orelhas) conhecido como angioedema. Cerca de 20% da população mundial apresentará urticária em algum momento da vida e cerca de 1% pode apresentar a forma crônica, mais grave. As lesões são provocadas pela liberação da histamina, principalmente pelos mastócitos. Na urticária aguda, o quadro pode durar até 6 semanas e as principais causas são: infecções (bacterianas, virais, parasitas); reações a medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos); alergia alimentar (na criança, pode ser leite, ovo, amendoim e trigo, enquanto nos adultos, pode ser camarão, frutos do mar, castanhas e nozes); e alergia a insetos (abelha, marimbondo). Na forma crônica, o quadro dura mais que 6 semanas, podendo chegar a vários anos (mais de 10 anos em alguns pacientes) e normalmente não há uma causa específica envolvida, sendo denominada Urticária Crônica Espontânea (UCE).

O conhecimento científico atual é que, na maioria das vezes, o desencadeamento da UCE é devido a auto anticorpos (IgG contra IgE, IgG contra FceR1) que agem sobre mastócito provocando a liberação da histamina. A urticária, principalmente em sua forma crônica, impacta grandemente sobre qualidade de vida do paciente, afetando as atividades diárias (intensa coceira, alteração de concentração, irritabilidade) e relações sociais (lazer, trabalho, convívio familiar).

O tratamento é realizado com anti-histamínicos de nova geração (desloratadina, bilastina, fexofenadina, levocetirizina), medicações seguras e que, ao contrário dos de 1ª geração, não provocam os sintomas de sonolência, irritabilidade ou alteração de concentração. Na UCE, na maioria dos casos, há a necessidade do uso de altas doses da medicação (até 4 vezes a dose habitual). Alguns pacientes podem não responder aos anti-histamínicos e necessitar de medicações associadas como o anti IgE (omalizumabe) e imunossupressores (ciclorporina). A urticária deve ser sempre acompanhada pelo médico alergista para o correto diagnóstico da causa (nas agudas) e, principalmente, para o melhor tratamento, acompanhamento e controle dos quadros crônicos.

Compartilhe:

Outros Posts

Open chat
Olá, podemos te ajudar?