De acordo com o Ministério da Saúde, apenas no mês de janeiro deste ano foram registrados cerca de 55 mil atendimentos realizados a pacientes que apresentaram sintomas da dengue. Diante disso, e com o alto risco de surtos, reunimos no texto de hoje as principais causas, formas de tratamento e prevenção para combater e minimizar os impactos causados pelo vírus. Acompanhe!
Com a chegada do período de chuva, algumas preocupações são muito comuns. Seja por conta das enchentes ou pelo aumento no número de casos de dengue nessa época do ano, centenas de cidades brasileiras se colocam em estado de alerta. É importante ressaltar que a água parada e o clima quente criam o ambiente perfeito para a proliferação das larvas do mosquito Aedes Aegypti, principal transmissor da doença.
O que é dengue?
Muito popular nos países tropicais, a dengue é uma doença infecciosa provocada por um arbovírus da família Flaviviridae. Esse vírus pode ser dividido em quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, ou seja, é possível que o mesmo paciente seja acometido por até quatro vezes com a doença.
Isso acontece porque o organismo humano pode se tornar imune de modo permanente ao sorotipo que o infectou. Contudo, caso seja afetado pelos outros três tipos, o paciente pode desenvolver novamente os sintomas que, em casos mais graves, são capazes de levar à morte.
De modo geral, a forma mais grave da doença tende a se desenvolver após a segunda contaminação, sendo ela de um novo sorotipo. Uma vez que o sistema imunológico não possui os anticorpos necessários para proteger o organismo de um novo tipo de vírus, os sintomas podem retornar perigosos, demandando mais atenção durante o tratamento.
Como acontece a transmissão do vírus?
Sua forma de contágio depende exclusivamente da picada do mosquito Aedes Aegypti. Em outras palavras, a contaminação não se dá pelo contato com água ou paciente contaminado. Embora existam casos raros em que a inoculação do vírus acontece após transfusão sanguínea de doador contaminado, o mais comum é que a fêmea do mosquito transfira esses agentes biológicos a outras pessoas saudáveis por meio da picada.
Por se tratar de um hospedeiro que não possui hábitos noturnos e que tem sua atividade reduzida a horários mais quentes, a incidência maior de picadas está compreendida entre o início da manhã e o final da tarde. Entretanto, não é possível antecipar com precisão os períodos de maior risco. Assim, é recomendável a utilização de protetores repelentes durante todo o dia.
Quais são os sintomas e tratamentos?
Depois de contaminado, o paciente passa a sofrer com a inflamação dos vasos sanguíneos e alteração em diversas funções do corpo. Em sua forma clássica, os principais sintomas são:
- Febre alta;
- Dor de cabeça;
- Dor local e nas articulações;
- Fadiga excessiva;
- Mal-estar;
- Perda de apetite.
Por outro lado, nas formas mais graves da doença, como na dengue hemorrágica, o paciente pode sentir:
- Hemorragia interna;
- Dor abdominal aguda;
- Palidez;
- Manchas na pele;
- Confusão mental;
- Dificuldade para respirar;
- Alteração das funções cardíacas.
Após a identificação da presença desses sinais, é fundamental que o paciente se dirija a uma unidade de saúde para proceder com o diagnóstico correto do seu estado clínico. No primeiro atendimento, será necessário prestar informações básicas e a confirmação se dá após a realização de exame de sangue específico para identificar a presença do vírus da dengue.
Após avaliar os resultados, o tratamento será indicado levando em consideração a gravidade da contaminação. Sintomas mais brandos podem ser controlados com repouso absoluto, consumo constante de líquidos e o uso de medicamentos para aliviar as manifestações, principalmente da febre e dor de cabeça. Entretanto, caso seja necessário, o paciente poderá ser internado para ser observado de perto pela equipe médica.
Concluindo, a presença do mosquito que transmite a dengue é um caso de calamidade pública em diversas regiões do país. O tratamento inadequado ou a falta de assistência médica pode culminar na morte fulminante do paciente, principalmente daqueles que desenvolverem sintomas mais graves.
Para combater e prevenir a doença, portanto, é fundamental atacar os pontos de proliferação do mosquito e utilizar frequentemente os repelentes para evitar a contaminação através da picada. Ficou alguma dúvida? Compartilhe conosco deixando um comentário nessa publicação.