Características da urticária: descubra como identificá-la corretamente

Identificar a causa latente da urticária, seja ela sob a forma aguda ou crônica é um passo muito importante para controlar os sintomas que, muitas vezes, podem ser extremamente desconfortantes. Além disso, é possível também minimizar esse tipo de evento, bem como tomar melhores decisões sobre o tratamento ou prevenir eventuais complicações.

Nesse contexto, conhecer as principais características da urticária pode ser bastante útil, até mesmo para tomar as providências necessárias. Por outro lado, o papel do médico é indispensável em casos como este, pois cabe ao profissional da saúde realizar os procedimentos de identificação da condição.

Dentre elas, pode-se destacar, por exemplo, a realização de exames físicos e laboratoriais, avaliação do histórico médico ou outros processos que contribuam para definir as causas físicas do problema, já que também pode estar relacionado a infecções, alergias alimentares e outras doenças autoimunes, por exemplo.

Quer entender melhor sobre como investigar a fundo o que causa as urticárias? Então, continue a leitura até o final e tire suas dúvidas!

Afinal, o que são urticárias?

De forma simples, a urticária nada mais é do que uma condição que provoca a irritação da pele e são caracterizadas por lesões cutâneas avermelhadas, podendo gerar também edemas e vergões com forte tendência a coçar intensamente. Em via de regra, esse tipo de lesão é comum em qualquer parte do corpo, podendo inclusive tomar uma extensão alongada ou surgir em áreas isoladas.

Normalmente as urticárias surgem em surtos, acompanhadas de coceira e podem ocorrer em qualquer parte do dia, inclusive durante a noite. Em média, os sintomas permanecem por algumas horas e, assim como aparecem, também desaparecem subitamente sem deixar qualquer nenhum na pele. Mais comuns entre pessoas adultas com idade entre 20 e 40 anos, ela pode acometer qualquer pessoa ao longo da vida.

Quais os sintomas mais comuns?

Como já destacamos, erupções cutâneas e coceira são as formas mais comuns da urticária. Além disso, algumas lesões podem também gerar uma sensação de queimação da pele ou ardência. Em geral, esse tipo de quadro é bastante intenso e, por isso, tem grande potencial de comprometer a qualidade de vida das pessoas acometidas, prejudicando-as até mesmo durante o sono ou no trabalho.

Durante algumas horas, dias ou meses, os sintomas da urticária podem surgir em pacientes mais vulneráveis. Além das manifestações mais comuns que já citamos anteriormente, vale também lembrar que o problema pode atingir as regiões da boca e olhos, sobretudo em forma de inchaços localizados nas pálpebras, lábios, boca e garganta.

Nesses casos, também é comum o desenvolvimento de quadros mais importantes, como a dificuldade para respirar provocada pelas lesões de angioedema. Em quadros mais severos, o paciente pode correr risco de vida, já que algumas complicações podem ocorrer, como queda de pressão, náuseas, vômitos e choque anafilático.

Quais as características da urticária?

Um quadro normal de urticária desenvolve-se em função de diferentes problemas e pode apresentar-se sob formas variadas. Por isso, a seguir explicaremos as principais formas de se identificar corretamente o problema.

Histórico médico

Em boa parte dos casos, a urticária trata-se de uma resposta do organismo mediante exposição a algum agente alergênico, como uma picada de abelha. Sendo assim, ela pode ser, por vezes, diagnosticada com base nos sintomas apresentados pelo paciente.

Em geral, algumas questões podem estar diretamente associadas ao problema, como fatores psicológicos (depressão, ansiedade e estresse). Além disso, o histórico familiar é um aspecto importante e, por isso, também deve ser verificado.

Outros pontos de avaliação de igual importância passam pela identificação do consumo de alguns alimentos, eventual infecção por bactérias do tipo H. pylori, uso de medicamentos ou suplementos alimentares — com prescrição médica ou não —, exposições a agentes químicos ou demais gatilhos físicos, como frio, calor, luz solar, etc.

Doença autoimune

Dentre os casos de urticária crônica, até 45% deles são provocados pela associação com alguma doença subjacente, normalmente atrelada a doenças autoimunes. Os principais exemplos são a doença celíaca, lúpus, artrite reumatoide (AR) ou até mesmo a diabetes tipo 1. Em geral, essa condição está mais fortemente ligada a doenças autoimunes que acometem a tireoide, como a tireoidite crônica.

Nos casos em que se suspeita da doença autoimune, por exemplo, o médico pode utilizar alguns exames de sangue para determinar a origem do problema. Os principais testes sanguíneos são, entre outros:

  • Anticorpo antinuclear (FAN);
  • Proteína C-reativa;
  • Taxa de sedimentação;
  • Hormônio estimulante da tireoide (TSH).

Infecção

Um grande número de estudos científicos comprova que a urticária pode também estar relacionada a alguns tipos de infecções no organismo, sejam elas de origem bacteriana, viral ou parasitária. Normalmente, esse tipo de condição pode desencadear uma série de problemas crônicos e/ou agudos no tocante aos sintomas da urticária.

Algumas infecções virais percebidas apenas em crianças, por exemplo, apresentam risco aumentado de urticária aguda. No geral, esses vírus incluem os agentes causadores do resfriado em humanos (adenovírus), além do enterovírus, rotavírus e o Vírus sincicial respiratório (VSR).

Sendo assim, as causas infecciosas mais comuns de urticária são:

  • H. pylori;
  • Plasmodium (protozoário causador da malária);
  • Estafilococo;
  • Estreptococo;
  • Yersinia.

Exame físico

Não tão raro, muitas pessoas podem queixar-se de coceiras e, erradamente, ter um auto diagnóstico falso para a urticária. Isso porque algumas doenças de pele e outras condições que afetam a derme também podem causar muita coceira, como é o caso da Sarna. Diferente da urticária, portanto, a Sarna trata-se de um tipo de infecção provocado por um ácaro, causando vermelhidão na superfície da pele, bem como diversas manchas pelo corpo.

Ao contrário do que também ocorre na urticária, as picadas de sarna normalmente estão localizadas entre as dobras cutâneas, isto é, na região dos dedos e demais pontos de flexão dos cotovelos, joelhos, pulsos ou na genitália. Ainda que a pele apresente uma aparência seca e inflamada, é possível surgir erupções que se confundem facilmente com a urticária. Por isso, é essencial que o médico faça exames físicos para contribuir com o diagnóstico correto do problema.

Testes laboratoriais

Nem sempre os testes laboratoriais são necessários para o diagnóstico efeito da urticária. Contudo, eventualmente eles podem contribuir para que os sintomas sejam mais facilmente controlados, sobretudo quando estes têm origem em certos tipos de alimentos, por exemplo.

À vista disso, no caso suspeito de alergia alimentar, pode ser necessário a realização de testes cutâneos, ensaios de imunoadsorção enzimática ou teste de radioallergosorbent (Exame de Rast). Vale ainda destacar que todos estes testes podem também ser usados ​​para detectar alergias a outros fatores desencadeantes, não apenas aos alimentos.

Nesse sentido, achados anormais nos testes sanguíneos podem levar a outros exames ainda mais específicos, levando em consideração a suspeita, como é o caso da contagem de anticorpos transglutaminase para doença celíaca, anti-DNA e anti-Sm para lúpus, anti-CCP e fator reumatoide para artrite reumatoide, entre outros.

Pronto. Agora você já conhece as principais características da urticária e as formas mais comuns de diagnóstico preciso do problema. Ficou alguma dúvida? Compartilhe o seu comentário conosco e nossos demais leitores na caixa abaixo!

Compartilhe:

Outros Posts

Open chat
Olá, podemos te ajudar?