Os diversos tipos de câncer urológico existentes são manifestações neoplásicas malignas que acometem tanto os tecidos quanto os órgãos do sistema urinário masculino e feminino. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição poderá atingir a marca de 27 milhões de pessoas no mundo nos próximos 10 anos.
Aqui no Brasil, o desenvolvimento de tumores no sistema urinário faz parte dos casos mais letais da doença. Portanto, é muito importante estar atento aos detalhes da doença, bem como entender quais os seus tipos e sintomas mais comuns.
Pensando nisso, no artigo de hoje vamos mostrar como identificar os sinais mais comuns nos diferentes tipos da doença, fatores de risco, formas de tratamento e o que fazer para evitar o seu desenvolvimento.
Tipos de câncer urológico
Conheça, a seguir, os principais tipos de câncer do sistema urinário masculino e feminino.
- Bexiga
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário, ocupando a nona posição em ocorrências no mundo. Segundo o instituto, estima-se que em 2020 ocorreram aproximadamente 10.640 novos casos, sendo a maioria em homens.
Esse tipo de neoplasia acomete principalmente as células que cobrem a bexiga e pode ser classificada em três tipos: carcinoma de células de transição, de células escamosas ou adenocarcinoma — quando atinge as células de secreção após um longo período inflamatório.
Em via de regra, a doença é bastante silenciosa, manifestando quase nenhum sinal ou sintoma. Contudo, sua evolução pode provocar a presença de sangue na urina, irritação da bexiga, dores pélvicas, edema nas pernas, entre outros. Nesses casos, o diagnóstico pode ser feito através de cistoscopia ou biópsia, bem como a ultrassonografia e/ou tomografia computadorizada.
- Pelve e Ureter
Também chamados de neoplasias do trato urinário superiores, os cânceres da pelve renal e do ureter são raros, mais comuns em pessoas do sexo masculino com idade a partir de 65 anos. Assim como o câncer de bexiga, os sintomas mais comuns incluem a presença de sangue na urina (hematúria), desconforto ao urinar e micção frequente.
- Pênis
O câncer de pênis é uma condição clínica rara, caracterizada, em sua maioria, pelo aparecimento de tumor em homens com 50 anos ou mais. Representando 2% do número de casos de neoplasias que atingem o homem, a falta de higiene com o órgão genital é o principal responsável pelo seu desenvolvimento. O diagnóstico normalmente é indicado a partir do surgimento de pequenas úlceras ou feridas persistentes, sendo também comum a secreção de esmegma, indicando o problema.
- Próstata
O câncer de próstata é um dos tumores mais comuns entre a população brasileira. Em números absolutos, esse tipo de neoplasia representa mais de 75% dos casos em pessoas com mais de 65 anos.
A doença que afeta a próstata, isto é, a glândula responsável por eliminar urina e produzir sêmen, tem desenvolvimento silencioso e dificulta a detecção precoce, aumentando consideravelmente a taxa de mortalidade.
Dentre os sintomas mais comuns destaca-se a dificuldade para urinar, vontade de urinar mais frequentemente e, nas fases mais avançadas da doença, podem ocorrer sangramentos, dor óssea, infecção generalizada e até mesmo insuficiência renal.
- Rim
Aproximadamente 3% das neoplasias que acometem o ser humano são originadas nos rins, sendo este até duas vezes mais detectado nos homens do que nas mulheres. No geral, ele ocorre entre 50 e 70 anos de vida e também não apresenta quaisquer sinais ou sintomas nas fases iniciais. Contudo, no decorrer do tempo, o paciente pode apresentar sangramento ao urinar, febre, palidez, perda repentina de peso, entre outros. O diagnóstico é feito através de uma ultrassonografia ou tomografia computadorizada.
- Testículo
Embora ocorra de forma mais frequente nos homens com faixa etária entre 15 e 35 anos, esse tipo de neoplasia pode ser facilmente curado se detectado precocemente e não tem um índice de mortalidade alto. Geralmente os primeiros sinais da doença ocorrem com o aumento do volume dos testículos e o diagnóstico pode ser realizado por meio de exames físicos ou de imagem.
Como tratar as diferentes formas de câncer urológico?
O tratamento contra o câncer se baseia em uma combinação de técnicas, que podem variar de acordo com o local acometido, extensão do tumor, entre outros fatores. De modo geral, o câncer pode ser combatido por meio de cirurgias, transplante de medula óssea e abordagens quimioterápicas ou radioterápicas.
Confira, a seguir, a abordagem recomendada de acordo com cada caso:
– Bexiga: as opções de tratamento para o câncer de bexiga passam diretamente pela extensão da neoplasia. Em alguns casos, o tumor pode ser operado através da ressecção transuretral, cistectomia parcial ou cistectomia radical. Neste último caso, o cirurgião remove completamente o órgão, fazendo sua reconstrução posteriormente para armazenamento de urina através de um novo órgão.
– Pelve e ureter: usualmente, o tratamento para o câncer de pelve e ureter se dá por meio da ressecção endoscópica, remoção completa do rim ou ureter da região acometida. Ademais, dependendo da extensão da doença, é possível realizar a fulguração endoscópica com laser.
– Pênis: os principais tratamentos, que podem ser combinados ou não, são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Geralmente, é recomendada a remoção cirúrgica da lesão primária peniana (penectomia parcial ou total) associada à linfadenectomia inguinal bilateral com intenção curativa. Nesse caso, o tratamento depende da extensão do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais
– Próstata: o câncer de próstata normalmente pode ser tratado através de cirurgia de prostatectomia radical, que consiste na remoção das células tumorais malignas em conjunto com os linfonodos ilíaco-obturadores. Por outro lado, faz-se o uso da radioterapia e o tratamento hormonal como parte do tratamento para a doença.
– Rim: Existem diversas formas de tratar o câncer renal e cada uma delas passa diretamente pelo tipo e estágio da doença. Alguns deles podem incluir uma intervenção cirúrgica ou radioterapia, enquanto outros consistem no uso de medicamentos orais ou intravenosos, como quimioterapias e imunoterapias.
– Testículo: De acordo com a localização e a extensão do câncer, o tratamento para as neoplasias de testículo inclui a remoção do órgão acometido, em conjunto com o uso de radioterapias e/ou quimioterapias.
Independentemente do tipo de câncer urológico, é fundamental o acompanhamento clínico para permitir um diagnóstico preciso e prematuro, facilitando assim as chances de sucesso do tratamento.
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